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  • 21 / 07 / 2014 Home office: como controlar o trabalho a distância?

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  • Da redação Emprego Certo

    O home office tem vantagens óbvias para o funcionário, como economia de gastos de transporte, alimentação, além do conforto de trabalhar de pijama. Mas,  e as empresas, elas saem ganhando também nesse sistema?

    Teoricamente, a prática pode ser muito rentável às empresas por diminuir custos, como o do aluguel e de uma estrutura física para acomodar os funcionários. Além de funcionar, também, como um benefício que atrai os colaboradores.

    Na Europa, a tendência já tomou conta de grande parte das empresas. Por aqui, a ideia começa a ganhar força. Segundo a pesquisa da Top Employers Institute, 15% das companhias brasileiras já adotaram a prática do home office para os seus colaboradores.

    Embora tenha crescido em número de adeptos, o Brasil ainda está muito atrás de países, como Reino Unido, Holanda e Alemanha, todos com índices superiores a 55%.

    No entanto, para que o tiro não saia pela culatra, a empresa precisa estabelecer meios e processos para controlar a produtividade do trabalho à distância.

    Negocie aos poucos

    Antes de liberar, de uma vez, todos funcionários para fazerem home office, veja o desempenho deles no dia a dia e comece a negociar, aos poucos, com eles a possibilidade de trabalhar em casa.

    Dê um ou dois dias por semana de trabalho remoto e os outros no escritório. Pode haver casos em que alguns funcionários apresentem produtividade igual ou superior fazendo home office. Assim, você poderá analisar quem está liberado para a prática e quem ainda não está pronto para isso.

    Outra alternativa é estabelecer um sistema em que apenas alguns dias o trabalho seja feito de casa, por exemplo, na sexta-feira. Os funcionários ficarão felizes, e, se o sistema funcionar, terá uma redução de gastos na companhia.

    Ferramentas de comunicação online


    E como fazer para que o funcionários cumpram a carga horária e realizem as tarefas desejadas? Bom, aproveite todas as ferramentas de comunicação online a seu favor.

    Não engorde sua conta de telefone ligando para eles de hora em hora. Mande mensagens instantâneas (Gtalk, Skype, Whatsapp, bate papo do Facebook, para citar alguns exemplos) e faça reuniões com toda equipe usando ferramentas como Skype e Google Hangouts.

    Mas também não exagere, não fique no pé toda hora. As mensagens devem ser enviadas moderadamente, para tirar dúvidas, cobrar alguma resposta ou solicitar uma nova tarefa.

    Vale lembrar que cabe ao empregador oferecer a infraestrutura necessária para que o funcionário possa trabalhar adequadamente de casa – o que pode incluir notebook e subsidio a internet e telefone.

    Lei

    O trabalho em domicílio também está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho desde 2011, quando houve uma pequena alteração na Lei 12.551/2011, com a inclusão do artigo 6.

    De acordo com esse artigo, para fins de direitos trabalhistas, o trabalho feito em casa não se distingue do realizado no escritório, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

    Ou seja, que trabalha em casa tem os mesmo direitos de quem vai até o escritório.

    A lei cita também que “os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio”. Ou seja, e-mails e telefonemas também têm valor equivalente às ordens e supervisão presenciais.

    No entanto, quando uma empresa adota a prática do home office, ela precisa, logo que contrata um funcionário, anotar na Ficha de Registro, na Carteira de Trabalho e na Previdência Social, que ele exerce atividades externas.

    Para ter mais controle da carga horária, o tempo de intervalo e refeição, assim como as horas trabalhadas, devem ser registradas.

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