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  • 18 / 07 / 2014 O que é sucesso para você e como isso afeta sua carreira?

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  • Da redação Emprego Certo

    Assim como projetos precisam de uma medida de sucesso bem definida para avaliar o andamento das ações e se a conclusão foi satisfatória ou não, a vida – pessoal e profissional – também carece disso para funcionar bem. Às vezes, existe uma definição inconsciente, mas não conhecê-la conscientemente pode privar o profissional de entender quais são suas insatisfações e o que ele precisa fazer para ter prazer com o próprio trabalho, mesmo que isso não envolva mudar as tarefas em si.

    Após 4.000 entrevistas e mais de 80 pesquisas, o Harvard Business Review conseguiu montar um panorama de como, em geral, executivos seniores avaliavam o sucesso das próprias vidas. Entre os fatores subjetivos mais frequentemente citados estavam fazer a diferença, trabalhar com uma boa equipe e em um bom ambiente. No âmbito de sucesso pessoal, o elemento mais citado foi ter relacionamentos recompensadores.

    A maioria esmagadora dos entrevistados respondeu que manter uma carreira de alta potência e uma família nos trilhos se traduz em manejar tempo e energia de forma sábia, em vez de correr atrás de grandes prêmios. O que isso significa é que, se o profissional tem uma lista objetiva de recompensas, é provável que falte ver a própria carreira de maneira mais realista.

    Os executivos aprenderam com o tempo que o sucesso está na trajetória e nas escolhas acertadas feitas nesse caminho, ao invés de ser a recompensa em si. Quando a satisfação vem apenas quando a promoção, o aumento ou o elogio do superior são dados, por exemplo, é grande a chance da perspectiva do profissional ser fonte de frustrações ou de uma insatisfação eterna.

    “No contexto social, um indivíduo só é referência de sucesso quando alcança posições superiores aos demais, que o torna admirável ou invejável. O que não significa necessariamente que ele seja feliz”, aponta Andrea de Mello Peixoto, professora do curso de Administração da Universidade Anhembi Morumbi.

    Andrea cita Zenón de Paz, professor da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, do Peru, e a releitura e confirmação que ele faz do conceito de sucesso de Diego Letzen, diretor da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina. Segundo ele, a sociedade moderna, que está em constante modificação, reclassificouseus valores a tal ponto que a única coisa que importa para obter o sucesso é o valor de troca que ele implica.

    “Na verdade, no mundo do trabalho, produtividade traduz-se em sucesso. Vale lembrar que no mundo dos negócios tudo é mensurado. E uma vez que o valor do sucesso é subjetivo, o valor de troca é o quantitativo. Dessa forma não é difícil compreender por que sucesso e felicidade parecem antagônicos”, avalia ela.

    O que o resultado da pesquisa do HBR e a interpretação de Andrea revelam é uma disparidade entre conceitos de sucesso “clássicos” ou socialmente estipulados e como profissionais realmente se sentem em relação ao trabalho e suas próprias vidas. Satisfação ou felicidade podem se confundir ou até não ser levados em conta na equação do sucesso, o que pode levar a interpretações falhas sobre a própria carreira.

    “Sucesso não é o que se relaciona apenas à produção e sim buscarmos sentir prazer e felicidade. O objetivo real não é ter aquele bem ou atingir aquele cargo, mas sim a felicidade que podemos sentir durante todo o processo de realização daquele sonho. Ainda que os conceitos de sucesso e felicidade sejam diferentes para cada um de nós, em cada situação das nossas vidas, o nosso objetivo final é sempre o mesmo: queremos ser felizes”, finaliza.

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