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  • 20 / 07 / 2014 Testes vocacionais devem ter acompanhamento de orientador, dizem especialistas

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  • Da redação Emprego Certo

    Muito mais fácil do que investir tempo e dinheiro em um programa de orientação de carreira é abrir uma página da internet e fazer um teste vocacional online, sem custos e sem sair de casa (ou do trabalho). Mas será que essa simplicidade e rapidez são acompanhadas de um resultado confiável, que vai ajudar estudantes e profissionais a decidirem qual melhor caminho a seguir?

    A resposta de especialistas é “não”. A consultora da Cia de Talentos Tatiana Pina explica que a maioria dos testes vocacionais feitos online traz respostas prontas e transfere a responsabilidade da escolha para o “orientador”. Enquanto isso, um programa de orientação de carreira busca compartilhar essa responsabilidade com o profissional.

    “A orientação de carreira consiste em um programa customizado para auxiliar na primeira escolha profissional ou na recolocação de sua carreira. Neste programa, com base na história de vida, identificação de objetivos, habilidades e valores torna-se possível escolher de forma mais assertiva, embasada pelo autoconhecimento”, explica.

    Gilberto Guimarães, professor da BSP – Business School São Paulo, lembra o modelo RIASEC de personalidade profissional, criado pelo americano John Lewis Holland no fim da década de 1950, que estabelece seis estilos diferentes de comportamento: realista, investigativo, artístico, social, empreendedor e convencional.

    “O que os testes baseados em Holland mostram? Você é feliz em um ambiente que valoriza o seu estilo comportamental. O conceito de felicidade no trabalho está associado ao estilo da pessoa e do trabalho. O de produtividade está relacionado ao de complementaridade. Se sou artístico, preciso ter um parceiro mais convencional e organizado, que me complemente”, interpreta Guimarães.

    Guimarães defende que não é adequado os testes vocacionais determinarem uma profissão, pois os diferentes estilos comportamentais identificados por Holland poderiam combinar com a mesma profissão, mas provavelmente em áreas diferentes de atuação.

    Uma pessoa com perfil investigativo poderia ser um bom advogado criminal, enquanto outra com características afetivas e emocionais poderia trabalhar voltada a famílias, por exemplo. Ambas no ramo do direito, da advocacia. Por isso se faz importante o papel do orientador: as profissões abarcam diferentes carreiras e caminhos, que normalmente não são contemplados por testes simplificados.


    “Não faça nenhum teste se você não tem um conselheiro para te acompanhar. Escolher uma carreira é como pintar olhos, você precisa pelo menos de um espelho, de alguém que te conheça. As pessoas têm uma grande dificuldade de autoconhecimento. Talvez seja uma das mais importantes dificuldades do ser humano”, aconselha o especialista.

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